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Quais são as consequências da automedicação com psicofármacos?

Quais são as consequências da automedicação com psicofármacos?

Blog | Por: Eduardo | 16/12/2021

Muitos de nós recorremos à automedicação no dia a dia. O consumo de analgésicos ou anti-inflamatórios como o ibuprofeno é, sem dúvida, o mais comum. No entanto, a automedicação com psicofármacos é uma prática muito perigosa.

A automedicação com psicofármacos é cada vez mais comum. Apesar de todos esses medicamentos serem vendidos apenas com receita médica, muitas pessoas recorrem a outras vias para ter acesso a esse recurso e, assim, aliviar seu desconforto, melhorar o sono noturno ou acalmar aquela ansiedade que dificulta o funcionamento do dia a dia. O uso e abuso de ansiolíticos é, sem dúvida, o principal problema quando falamos em automedicação. Optar por esta via sem a prescrição de um profissional e sem o apoio psicológico adequado resulta, sem dúvida, em um efeito boomerang com consequências bastante lamentáveis. Embora seja verdade que inicialmente possa gerar alívio, aos poucos a pessoa precisará de doses maiores para obter o mesmo efeito. Quase sem perceber, ela acaba desenvolvendo um vício grave. Além disso, em muitos casos, esses psicofármacos podem interagir com outros medicamentos tomados, aumentando o risco de ataques cardíacos e até de morte.

A automedicação para tratar a ansiedade, a depressão ou a insônia está aumentando entre os mais jovens. Em muitos casos, eles combinam esses fármacos com álcool, uma prática com graves consequências para a saúde.

O que é a automedicação com psicofármacos?

Chamamos de automedicação o uso e consumo de medicamentos sem prescrição médica. De certa forma, essa prática é bastante comum. De fato, muitos de nós a praticamos quando recorremos, por exemplo, àquele analgésico para aliviar uma dor de cabeça pontual. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a automedicação é uma realidade cada vez mais recorrente que deve ser enfrentada por meio de uma adequada educação em saúde. Embora seja verdade que, às vezes, recorrer àquele comprimido para a dor de cabeça evita o colapso das consultas médicas, outras vezes nos encontramos diante de um abuso de certas drogas de maior relevância médica.

Estas são as mais comuns:

Por que as pessoas recorrem à automedicação com psicofármacos?

Os motivos pelos quais alguém recorre à automedicação com psicofármacos são múltiplos. Um estudo realizado na Universidade de Michigan (Estados Unidos) pelos doutores Katherine Harris e Mark Edlund mostrou que boa parte dessas pessoas o faz após ter passado por um tratamento médico e sentir que seu problema não foi resolvido.

Em vez de buscar ajuda profissional novamente, elas optam por outras vias, como a automedicação. Contudo, existem outros gatilhos que vale a pena considerar:

Efeitos da automedicação com psicofármacos

O Nordic Cochrane Centre é uma organização sem fins lucrativos com um propósito muito relevante. Nessa instituição, cientistas de todo o mundo analisam e revisam rigorosamente medicamentos e outros produtos médicos para verificar sua segurança e eficácia, além dos estudos fornecidos pelos fabricantes. Dessa forma, algo que eles indicam e que deve nos convidar a uma reflexão profunda é o seguinte: mais de 50.000 mortes por ano em todo o mundo se devem ao efeito, abuso ou uso indevido dos psicofármacos. Os efeitos da automedicação com psicofármacos costumam ser fatais. Vamos ver as características. A automedicação com esse tipo de fármaco gera dependência em grande parte dos casos. O maior risco é a interação com outras substâncias. Por exemplo, combinar as benzodiazepinas com álcool pode ser perigoso. Os efeitos também podem ser fatais se houver interação com outros fármacos que a pessoa estiver tomando.

Os efeitos da automedicação com psicofármacos dependerão do tipo de medicamento que o paciente estiver tomando. No entanto, o mais comum é experimentar o seguinte:

Por outro lado, existe um fato óbvio. Quem recorre à automedicação para aliviar a ansiedade, a tristeza ou qualquer outra realidade pessoal vai encontrar, a curto prazo, uma intensificação desses mesmos sintomas. Outras condições psicológicas também aparecerão, como a psicose ou a confusão mental. Como podemos imaginar, recorrer à automedicação não só não é uma boa ideia, mas pode nos custar a vida. Nenhum fármaco é inócuo, muito menos aqueles destinados a tratar alguma condição mental. Sejamos prudentes e contemos sempre com a supervisão de profissionais especializados.


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