Eduardo
Eduardo
Terça-feira, 01 de Dezembro de 2020
A Dor Invisível

A dor invisível!

Raiva, tristeza, exaustão física e psicológica, pesadelos... As pessoas feridas pelo impacto de um trauma ou de um evento adverso percorrem o mundo carregando uma dor invisível, profunda e gritante. É necessário dar o primeiro passo para buscar ajuda. As pessoas feridas costumam passar despercebidas. Ninguém aprecia as suas partes quebradas ou a sua dor invisível. No entanto, a marca do trauma, das adversidades vivenciadas, ainda está impressa em suas mentes, dificultando o seu dia a dia. Dormem mal, sentem-se exaustas, irritadas, têm sérias dificuldades em confiar novamente nas pessoas e são incapazes de lidar com essa realidade interna.

A maioria de nós terá que enfrentar, em algum momento, um evento complicado e adverso. Podem ser acidentes de trânsito, a perda de um ente querido, um desastre natural, ver ou ser vítima de um assalto, enfrentar a perda de um emprego, terminar um relacionamento afetivo, uma doença… O fracasso em enfrentar adequadamente esses e outros tipos de realidades nos condiciona. Daniel Coleman já explicou em seu livro, ‘Inteligência Emocional’, que para superar esses eventos, somos obrigados a implementar o que ele chamou de “reaprendizagem emocional”. É como reiniciar em todos os sentidos, é ter que reajustar pensamentos, emoções e até mesmo o nosso comportamento.

Não é fácil, não há dúvida. As pessoas feridas não têm ossos quebrados, mas não conseguem caminhar pelo mundo normalmente. As suas feridas também não são vistas a olho nu, mas sua dor é imensa, forte e profunda. Ninguém merece viver assim. Portanto, é necessário lembrar sempre que é possível sair dessas situações.

A anatomia de uma dor que não passa!

Em que momento uma experiência dramática se torna traumática? Quando uma pessoa é suscetível ao transtorno de estresse pós-traumático? Embora nos surpreenda, não há uma resposta padrão para essas perguntas, porque cada pessoa vive e processa essas situações de uma maneira muito particular. Algo que especialistas da área apontam, como Lloyd Sederer, diretor médico do Departamento de Saúde Mental do Estado de Nova York, é que o risco de se tornar uma “pessoa ferida” depende de três fatores:

Grau de exposição ao trauma: Por exemplo, adultos que tiveram uma infância complicada, com negligência ou maus-tratos, sofrerão um trauma mais profundo do que um adulto que, em um dado momento, sofre o impacto de uma perda ou testemunha um acidente.

Outro fator é a vulnerabilidade: Geneticamente, existem pessoas mais vulneráveis ​​ao efeito de um evento adverso do que outras.

O terceiro elemento são os recursos disponíveis: Fatos como ter ou não apoio social costumam ser determinantes. Da mesma forma, também podemos falar sobre os recursos psicológicos. Ter passado por um trauma anteriormente e tê-lo enfrentado com sucesso nos dá estratégias de resistência mais apropriadas e eficazes.

Sintomas mais comuns do efeito de um trauma:

  • Insônia e pesadelos.
  • A memória sempre se concentra em lembranças traumáticas. É comum sofrer com flashbacks constantes.
  • Ansiedade e estresse.
  • Sentimentos de raiva, irritação e tédio.
  • Culpa.
  • Cansaço físico e até o surgimento de doenças psicossomáticas.
  • Problemas em confiar nas pessoas novamente.
  • Baixa autoestima.
  • Visão negativa de si mesmo.
  • Ficar sempre na defensiva e com medo, com a constante sensação de que algo ruim vai acontecer.

Para concluir, como podemos ver, as pessoas feridas dispõem de recursos adequados para reconstruir a sua força, dignidade e valor. No entanto, não é um processo rápido ou fácil. Reinterpretar eventos traumáticos envolve mobilizar emoções. Acima de tudo, significa ter força suficiente para ser responsável pelo seu próprio ressurgir. Reposicionar-se novamente no mundo levará tempo, mas você vai conseguir!

Compartilhe:
Atendimento 24 horas nos sete dias da semana.
Ligue AGORA para (11) 9 1027-5570.

Nosso Blog

Acompanhe nossas últimas postagens.

Blog Dependência Química: Doença ou desvio de caráter?

Bêbado, drogado e viciado. Quem nunca ouviu estes termos sendo utilizados para julgar uma pessoa?

Eduardo
Eduardo
Quarta-feira, 14 de Fevereiro de 2024
Blog Mito ou Verdade?

O que é Mito e o que é Verdade sobre as drogas.

Eduardo
Eduardo
Quarta-feira, 21 de Setembro de 2022
Blog Qual A Importância Dos Familiares Durante O Tratamento Do Dependente?

Ao tratar um dependente químico, toda a família passa também por um processo de cura.

Eduardo
Eduardo
Quarta-feira, 14 de Setembro de 2022