Tem a sensação de que o tempo está passando muito rápido? Bem, neste artigo iremos rever algumas ideias curiosas sobre a nossa percepção do tempo.
Dá a sensação de que não importa o quão bem nos organizemos, pois no final do dia teremos a ideia de que não temos o tempo suficiente. Em maior ou menor grau, todos nós sentimos algo semelhante. Mas, a que se deve esse fenômeno? Por que não temos tempo? Para explicar, existem várias leis relacionadas ao tempo e à gestão que fazemos dele.
Este conjunto de leis foi escrito pelo historiador britânico Cyril Northcote Parkinson. Existem três premissas, especificamente, que se concentram em fenômenos que podem ocorrer na distribuição do nosso tempo:
O princípio de Pareto é a regra conhecida como 80:20. Ou seja: 80% do nosso tempo gera apenas 20% dos resultados, enquanto os 80% restantes são alcançados com apenas 20% do seu esforço. Mais uma vez, esse princípio afeta a necessidade de priorizar. Por que as pessoas arrumam tempo para praticar esportes ou para preparar refeições a semana inteira? Porque essas pessoas priorizam essas atividades em detrimento de outras. Na verdade, elas terão que desistir de outros planos para atender às suas prioridades.
De acordo com esta regra, 70% das coisas com as quais nos preocupamos nunca acontecem. Portanto, esta lei fala da importância da ação sobre a preocupação. Afinal de contas, cuidar de algo antes de ser tratado é muitas vezes uma perda de tempo. Perdemos muito tempo com os “e se”, quando conseguiríamos mais se colocássemos mais energia para lidar com os problemas reais. Em muitos casos, fazemos um investimento muito grande em prevenção, quando o que antecipamos é altamente improvável, não é rentável.
Hermann Swoboda, professor de psicologia da Universidade de Viena, criou essa lei em 1904. E prossegue dizendo que “cada pessoa está sujeita a múltiplos ritmos biológicos que devem ser levados em consideração ao programar atividades.” Ou seja: o planejamento que fazemos do nosso tempo deve ser personalizado. Lembre-se de que nem todos nós somos produtivos nos mesmos momentos do dia. Nem mesmo temos o mesmo ritmo de trabalho. Há pessoas que têm dificuldade em manter o foco, por isso são mais eficientes quando fazem pausas mais frequentes. Outras pessoas acham mais fácil manter sua concentração, embora possa ser mais difícil para elas entrar neste estado. Todas essas particularidades devem nos fazer pensar que o melhor é estabelecer planos de trabalho ajustados aos nossos ritmos e características dentro das margens que temos.
“Cada pessoa está submetida a múltiplos ritmos biológicos que devem ser levados em consideração na programação das atividades”.-Hermann Swoboda-
A lei do psicólogo Paul Fraisse, indica que o tempo tem uma dimensão objetiva e outra subjetiva. Esta última dependerá da relação que mantivermos com a atividade desenvolvida. Portanto, é importante atender aos nossos interesses e motivações. Pense em como o tempo passa rápido quando você faz uma tarefa de que gosta. E é que devemos ter clareza sobre nossas motivações ao realizar determinada atividade. Afinal, uma das coisas mais importantes é gostar da tarefa, pois ela pode ser um objetivo em si.
Todas essas leis e regras indicam que, em algum momento de nossas vidas, todos nos fazemos a mesma pergunta. E a resposta não parece ser encontrada em tirar mais tempo de onde não há nenhum. Pelo contrário, tem a ver com a percepção que temos dele, das nossas prioridades, objetivos e motivações na execução de determinadas tarefas.
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